Errata: Primeir Renião da L.A.T no segubdo semestre 2011.2 acontecerá na quinta-feira (21/07) às 15:30 no Laboratório Morfo.
Por Fernando Castagna (in FaceBook)
Ética ~ conhecimento ~ Respeito ~ Amor ~ Valores ~ Cultura ~ História ~ Self = CUIDADO
| ABCDE DO TRAUMA |
| A avaliação inicial deve identificar lesões que comprometem a vida do paciente e, simultaneamente, estabelecer condutas para a estabilização das condições vitais e tratamento destas anormalidades. A avaliação segue uma ordem de prioridades e são as mesmas para a criança, adulto, gestantes e idosos. |
| Este processo se constitui no ABCDE do atendimento ao traumatizado : |
| A – (Airway) – Vias aéreas e controle da coluna cervical; |
| B – (Breathing) – Respiração e Ventilação; |
| C – (Circulation) – Circulação com controle de hemorragia; |
| D – (Disability) – Exame neurológico sumário; |
| E – (Exposure) – Exposição com controle da hipotermia. |
| A avaliação de cada item implica em diagnosticar alterações e tomar decisões concomitante antes de se proceder o passo seguinte. |
| A – VIAS AÉREAS COM CONTROLE DA COLUNA CERVICAL |
| A avaliação das vias aéreas e as condutas que garantem a sua permeabilização é prioritária no trauma. |
| Principais causas de obstrução de vias aéreas: |
| - Queda da língua em pacientes inconscientes; |
| - Presença de corpos estranhos, sangue e restos alimentares; |
| - Fracturas de face; |
| - Traumas cervicais – ruptura da laringe e traqueia. |
| A maneira mais simples de diagnosticar problema com as vias aéreas é através da resposta verbal da vítima, pois estando esta respondendo evidencia-se a permeabilidade das vias. Sinais como agitação, cianose ou respiração ruidosa podem significar obstrução das vias aéreas. |
| Outra questão importante neste item refere-se a colocação do colar cervical na vítima pois o poli traumatizado até provem o contrário é portador de lesões de coluna cervical. |
| B – RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO |
| A primeira etapa do atendimento inicial já discutido apenas garante ao paciente a permeabilidade de suas vias aéreas mas isto não significa que este esteja com ventilação adequada. Sendo assim torna-se fundamental a avaliação das condições ventilatórias do paciente. |
| A ventilação pode estar prejudicada tanto por obstrução das vias aéreas, como por alterações da mecânica ventilatória ou por depressão do sistema nervoso central. |
| Formas de diagnosticar problemas de ventilação: |
| - Observe as incursões torácicas procurando movimentos simétricos de inspiração e expiração. A assimetria sugere fraturas ou tórax flácido; |
| - Ausculte ambos os hemitórax. Murmúrio vesicular diminuído ou ausente, deve alertar para a possibilidade de existir lesão torácica; |
| - Frequência respiratória elevada pode indicar falta ar; |
| - Oxímetro de pulso pode ser um bom aliado apesar de não garantir que a ventilação seja adequada. |
| Após o diagnóstico de problemas ventilatórios no paciente medidas correctivas devem ser imediatamente tomadas. |
| C – CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DE HEMORRAGIA |
| A hipovolemia com consequente choque hemorrágico é a pagina causa de morte nas primeiras horas após o trauma. Hipotensão arterial em vítimas de trauma deve ser sempre considerada como consequência de hipovolemia. Alguns parâmetros são de fundamental importância na avaliação inicial e determinação da hipovolemia : |
| - Nível de consciência; |
| - Coloração da pele; |
| - Frequência e amplitude de pulso; |
| - Perfusão periférica – enchimento capilar menor que 2 segundos é sinal de hipovolemia; |
| - Pressão arterial; |
| - Pressão de pulso; |
| - Sudorese. |
| Tão importante quanto o diagnóstico do choque hipovolêmico é a determinação do ponto de sangramento. Após a localização da hemorragia medidas de contenção devem ser tomadas a fim de evitar lesões irreversíveis no paciente é até seu óbito. |
| D – EXAME NEUROLÓGICO |
| Uma rápida avaliação do estado neurológico deve determinar o nível de consciência e a reatividade pupilar do traumatizado. O rebaixamento do nível de consciência é indicativo de diminuição da oxigenação, lesão direta do encéfalo ou uso de drogas e/ou álcool. Na avaliação inicial, utiliza-se o método AVDI. |
| A – Alerta; |
| V – Resposta ao estímulo verbal; |
| D – Responde ao estímulo doloroso; |
| I – Irresponsivo aos estímulos. |
| Inconsciência, resposta motora lateralizada, alteração da função pupilar, estão, frequentemente, relacionadas ao aumento da pressão intracraniana e implicam na necessidade de canulação da via aérea e hiperventilação. |
| O exame neurológico mais detalhado do paciente deve ser realizado posteriormente e o mesmo deve ser classificado de acordo com a Escala de Coma de Glasgow que irá melhor definir qual o estado neurológico do paciente. |
| E – EXPOSIÇÃO DO PACIENTE COM CONTROLE DA HIPOTERMIA |
| O paciente traumatizado deve ser completamente despido para facilitar o exame completo e a determinação de lesões que podem comprometer a sua vida. Para se evitar movimentos e eventual mobilização de fracturas ou luxações, as vestes devem ser cortadas antes da remoção. |
| A protecção do paciente contra hipotermia é de suma importância, pois cerca de 43% dos pacientes desenvolvem este tipo de alteração durante a fase de atendimento inicial. A hipotermia exerce efeitos deletérios sobre o organismo do traumatizado portanto, deve ser protegido contra o frio através de cobertores aquecidos e infusão de líquidos também aquecidos |